terça-feira, 8 de março de 2011

Imagens do Carnaval


Desfile carnavalesco em Portugal

O Carnaval é uma festividade celebrada um pouco por todo o mundo e há carnavais bem famosos, como o de Veneza, o de Nova Orleães ou o do Rio, entre tantos, que não cabem nestas imagens ou porque línguas como o italiano não são leccionadas na nossa escola, ou porque simplesmente não vale a pena inundar o blog de fotos e mais fotos. Pela importância que adquiriu, no entanto, representaremos aqui vários pontos de partida, se não outros pontos de chegada.
Já na antiga Roma se celebrava uma espécie de Carnaval, que durava 7 dias do nosso mês de Dezembro, altura em que todo o comércio encerrava, os escravos eram temporariamente libertados, as restrições morais se tornavam mais relaxadas, se procedia à troca de presentes e era, inclusive, eleito um rei fingido que comandava cortejos pelas ruas fora.
Mais tarde, quando no século XI a Igreja Católica implementou a Semana Santa antecedida de 40 dias de jejum, a Quaresma, surgiu a ideia do Carnaval, cujas festividades passaram a durar três dias, até quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. No Renascimento, começaram a florescer os bailes de máscaras, as fantasias e os carros alegóricos, no que veio a ser uma espécie de antecessor mais chegado do Carnaval actual.
O termo Carnaval vem de Carnis (carne) e Valles (prazeres), que é como quem diz, os prazeres da carne. Trata-se de uma festa móvel, directamente sujeita à data da Páscoa: terça-feira de Carnaval ocorre sempre 47 dias antes da Páscoa. Até lá é jejuar!

O Carnaval espanhol

O Carnaval inglês








O Carnaval alemão

O Carnaval francês







Imagens de: www.caribvista.com, roxanne86-carnaval.buzznet.com, www.lonelyplanet.com, reportingfrombelgium.wordpress.com, e seeter401.wordpress.com.

terça-feira, 1 de março de 2011

Visita de estudo ao Palácio Nacional de Mafra

Fachada do Palácio Nacional de Mafra

No sábado passado, 26 de fevereiro, a escola realizou uma visita ao Palácio Nacional de Mafra, com direito a visita guiada e a uma excelente representação de uma adaptação da obra Memorial do Convento, obra de José Saramago inicialmente publicada em Outubro de 1982 e hoje uma referência obrigatória da nossa cultura, integrada no programa de Português do 12º ano.
Na viagem participaram alunos das turmas A, B, C, D, E e F e ainda das turmas G e H, de Cursos Profissionais, acompanhados pelos professores Abílio Calheiros, Ana Abrantes, Fátima Oliveira, Fernanda Varela, Jorge Simões, Rosa Amaral e ainda pela Tabitha, a nossa visitante dinamarquesa.
O programa iniciou-se com a representação da peça adaptada da obra de Saramago em que, casando realidade e ficção, se narra a história da construção do principal ex-libris do Barroco português, nascido de uma promessa do nosso rei absolutista D. João V, desejoso de um herdeiro, com forte impulso do afã franciscano de ali possuir um "convento de luxo". Na obra, que satiriza os costumes e gastos excessivos dos poderosos da época, os verdadeiros heróis são os populares, arrebanhados à força para os trabalhos que custaram muito ouro do Brasil, muito suor e ainda diversas mortes de inocentes. Baltasar e Blimunda são centrais entre os populares, como o são frequentadores da corte que, de alguma forma, escapam à mera ortodoxia, nomeadamente o padre Bartolomeu de Gusmão, o arquitecto Ludovice e o músico e compositor Domenico Scarlatti, todos reais.
De tarde, após uma animada merenda colectiva, houve lugar a uma visita acompanhada por guias objectivamente muito bem preparados e com um discurso simultaneamente interessante e coerente. Sempre com a preocupação de se estabelecer uma ligação entre a obra de Saramago e a história do Palácio - sendo que cerca de 80% da obra não se encontra visitável por estar ocupada pelo exército - incluindo a igreja que conta com um dos mais completos órgãos de tubos do mundo, as inúmeras divisões em que se contam os aposentos destinados ao rei e à rainha, separados por mais de 200 metros de distância, exemplos de comparativamente óptimas celas destinadas aos frades e ainda a famosa biblioteca, com a sua colecção cativa de pequenos morcegos que, ao alimentarem-se das traças dos livros, contribuem para a preservação da mesma.
De fora da visita, ficou a imensa tapada de caça onde os nossos reis gastavam parte do seu tempo livre. Se já não é permitido lá caçar actualmente, a verdade é que ainda alberga diversas espécies autóctones, de gamos e veados a javalis e diversas outras espécies.
A viagem, que despertou grande interesse e decorreu da melhor forma, terminou cerca das nove da noite, com a chegada dos dois autocarros fretados aos portões da Secundária. E, se é verdade que os participantes chegaram cansados, não é menos verdade que se mostravam satisfeitos e que o passeio não se varrerá rapidamente das memórias...

Baltasar e Blimunda, personagens centrais da representação

Imagens de: http://amarelejando.blogs.sapo.pt e http://memorialdoconvento-teatro.blogspot.com.