terça-feira, 29 de maio de 2012

Passeio anual da escola - destino: Lamego


Nossa Senhora dos Remédios
Como tem vindo a suceder, cabe ao Departamento de Línguas a organização da viagem-convívio de final do ano, cujo destino é, desta feita, a bela cidade de Lamego. 
A segunda maior cidade do distrito de Viseu, localizada na margem sul do rio Douro, data já dos tempos romanos, tendo sido definitivamente reconquistada aos mouros em 1057. Terá sido em Lamego, terra natal de Dom Egas Moniz, que D. Afonso Henriques terá sido reconhecido como rei de Portugal.
Trata-se de uma cidade monumental, onde não falta que ver... Saliente-se a Sé de Lamego, de 1129, originalmente em estilo românico e mais tarde acrescida de elementos góticos e ainda renascentistas. Some-se-lhe o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, no topo do monte de Santo Estevão e de uma interessante escadaria panorâmica, que remonta a uma capela existente no local cerca de 1361. Fundamentalmente construída nos estilos barroco e rococó, foi iniciada em 1750 e concluída em 1905. Igualmente importante é o castelo de Lamego, medieval, originalmente de montanha e atualmente parte da malha urbana. 
Lamego possui igualmente diversos outros locais de interesse, designadamente a Igreja do Espírito Santo, a Igreja e Convento de Santa Cruz, as igrejas de Almacave, São Francisco, das Chagas e da Graça, inúmeras casas brasonadas, entre as quais se inclui o imperdível Paço Episcopal e ainda o Colégio da Imaculada Conceição, entre tanto mais.
Conhecida também pelos seus vinhos e iguarias, de que salientamos o cabrito com batatas assadas, a truta de escabeche, os milhos com carne de vinha d'alhos, as famosas bôlas de Lamego em diversas variedades (presunto, fiambre, vinha d'alhos, frango, atum, sardinhas e bacalhau) e doçarias como os os peixinhos de chila e os pastéis Lamegos.
Foco indubitável de interesse para todos, Lamego promete a todos os participantes no já tradicional convívio, agendado para o início de Julho a preço muito módico, num percurso de elevada qualidade, que incluirá não só opíparas refeições como ainda visitas diversas (nomeadamente ao Museu de Lamego e às Caves Raposeira) e os sempre necessários momentos destinados às compras e ao relaxamento, un dia inolvidável. Aqui fica o convite e o desejo de uma participação generalizada que torne esta viagem em mais um sucesso da escola e do Departamento...

terça-feira, 22 de maio de 2012

De Lutécia a Paris

As Arenas de Lutécia

A quem conhecer as aventuras do guerreiro gaulês Astérix, o nome Lutécia (do latim Lutetia) não pode soar estranho... Conquistada pelos exércitos de Júlio César em 52 a C numa batalha feroz em que os guerreiros locais incendiaram a cidade e bloquearam as pontes, foi mencionada pela primeira vez em 53 a C, data em que César convocou os chefes gauleses e lhes concedeu um território talvez no local da Île de la Cité, talvez perto de Nanterre, não é certo, mas seguramente junto ao Sena que atravessa a atual capital francesa. Foi a partir do ano 300 que a cidade, entretanto reconstruída em estilo galo-romano, o que terá sido facilitado pela destruição que os chefes gauleses lhe tinham inflingido, ganhou o nome presente de Paris, a partir do latim civitas Parisiorum ou urbs Parisiorum, proveniente do nome do povo gaulês que ocupou o local a partir do século III a C, os Parisii. Apesar de algo recôndita no que tocava aos territórios conquistados, a nova cidade possuía alguns monumentos, mais ou menos visíveis na atualidade... 
As Arenas de Lutécia, por exemplo, foram construídas no século I d C. Tratava-se de um anfiteatro em forma semicircular, com uma frente de 40 metros, destinada aos combates de gladiadores. 
O Teatro foi descoberto em 1861 sob o lycée Saint-Louis. Media 72 por 47 metros, com um palco de 40 metros. 
Em Lutécia (ou Paris) havia três termas, de entre as quais apenas as do Norte (ou de Cluny), datadas dos séculos II e III, são ainda visitáveis. Somavam-se-lhes as termas do Leste e as do Sul. 
Subsiste, enfim, o Pilar dos Nautas: cinco pedras esculpidas, representando divindades do período do imperador Tibério (anos 14 a 37), descobertas em 1710 e que atestam claramente a fusão entre os ritos pagãos locais e o culto Cristão, então em forte crescimento.
Assim, já sabem... Da próxima vez que visitarem a capital francesa, não deixem de procurar os restos da capital gaulesa, muito para além da mitologia moderna da pequena aldeia armoricana de Astérix, talvez menos divertida mas bem mais real.