segunda-feira, 11 de março de 2013

Ovos de Páscoa



Apesar da associação direta do período pascal com a morte e ressurreição de Cristo, há aspetos que são, na verdade, adaptações de antigos rituais pagãos: nomeadamente os ovos de Páscoa, desde sempre símbolos de fertilidade e renascimento. Já a Fénix, na mitologia egípcia, ardia para mais tarde renascer a partir do ovo que ficava no ninho incandescente. Do mesmo modo, os hindus creem que o mundo se originou a partir de um ovo. Nada mais natural, portanto, que os novos costumes cristãos que foram surgindo na Europa tivessem adotado o ovo como símbolo de nova vida – logo, de Ressurreição. Alguns antigos cristãos encararam o ovo como a rocha que foi afastada da frente do Santo Sepulcro inclusive.
Os exemplos mais antigos de ovos de Páscoa foram ovos de pato ou de galinha decorados em casa com cores vibrantes, um costume que ainda se mantém em diversas culturas da cristandade.
A partir dos séculos XVII e XVIII surgiram brinquedos em forma de ovo, os quais eram oferecidos às crianças por altura da Páscoa. Entre os mais valiosos exemplos de ovos de Páscoa contam-se, no entanto, as famosas joias criadas por Carl Fabergé no século XIX para o czar e czarina da Rússia.
Os primeiros ovos de chocolate, hoje em dia imagem de marca da Páscoa, surgiram no início do século XIX, nomeadamente em França e na Alemanha. Os primeiros eram compactos, em resultado de ainda não terem então sido criadas as técnicas de molde que atualmente os caracterizam. Certo, certo, é que os ovos de Páscoa se tornaram uma tradição dos tempos modernos e, com eles, o coelho de Páscoa, nobre transportador da deliciosa iguaria.