Nascido em Trindade, a 7 de Abril de 1893, e falecido em Lisboa, a 15 de Junho de 1970, Almada Negreiros foi pintor, poeta, dramaturgo e romancista e uma das maiores e mais longevas figuras do Modernismo português.
Tendo passado parte da infância em São Tomé e Príncipe, então colónia portuguesa, veio a estudar, mais tarde, num colégio Jesuíta, em Lisboa.
Em 1913 organizou a sua primeira exposição individual com 90 desenhos, onde conheceu Fernando Pessoa e Mário de Sá Carneiro, com quem viria a colaborar na revista Orpheu. Foi esta mesma publicação, ousada para a época, que levou uma respeitada figura da intelectualidade de então, Júlio Dantas, a afirmar ser feita por "gente sem juízo". Em resposta, Almada escreveu e publicou o Manifesto Anti-Dantas, que deu brado e ficou para a história. Rezava assim: "Uma geração que consente em deixar-se representar por um Dantas é uma geração que nunca o foi. É um coio d'indigentes, d'indignos e de cegos, e só pode parir abaixo de zero! Abaixo a geração! Morra o Dantas, morra! Pim!"
Viveu em Paris durante o ano de 1917 e, depois de um regresso a Portugal, mudou-se para Espanha em 1927. Influenciado pelo Futurismo, declarou-se apoiante de Salazar e compôs diversas obras para o regime, mesmo se este, com as limitações intelectuais que o caraterizavam, basicamente desprezava a sua real importância para a cultura nacional.
Foi em 1954 que, postumamente, criou aquele que será provavelmente o mais conhecido retrato de Fernando Pessoa. E quando, em 1970, veio a falecer de paragem cardíaca no Hospital de São Luís dos Franceses, foi precisamente no mesmo hospital onde Pessoa falecera muitos anos antes. É de Pessoa que nos fala no vídeo que seguidamente vos apresentamos...
Sem comentários:
Enviar um comentário