terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Feliz Natal!

O Clube de Línguas deseja um Feliz Natal nas diversas línguas da Secundária do Castêlo a toda a comunidade: órgãos diretivos, professores, funcionários, alunos e encarregados de educação incluídos. Uma mesa farta de alegria e que 2012 possa ser o início de algo bem melhor do que o cassandrismo militante augura continuadamente. Que todos tenhamos o futuro que mais desejamos e que os mercados acabem por receber as prendas que merecem.


Feliz Natal!
Merry Christmas!
Joyeux Noël! 
Feliz Navidad!
Frohe Weihnachten!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Chove. É dia de Natal.

Pode até ser que este poema de Fernando Pessoa orthónymo (dito ortónimo) não cumpra todos os requisitos que encontrámos para a época. Sucede, no entanto, que todas as épocas são épocas de Fernando Pessoa...


Chove. É dia de Natal.
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal,
E o frio que ainda é pior.

E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.

Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho o frio e Natal não.

Deixo sentir a quem quadra
E o Natal a quem o fez,
Pois se escrevo ainda outra quadra
Fico gelado dos pés.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A Lenda do pinheiro de Natal

Haverá ainda quem se lembre de quando, no tempo do Menino Jesus (que não do Pai Natal), usávamos pinheiros atlânticos ou mesmo pinheiros mansos em casa no Natal. Ambos foram, mais recentemente, ultrapassados pelo pinheiro nórdico, natural ou artificial. Mas de onde surgiu, antes de mais, o pinheiro como símbolo natalício?
As árvores de folha perene, o pinheiro entre elas, sempre foram símbolo de renascimento na Europa. Mas não só... Os antigos egípcios usavam folhas de palmeira nas festividades do solstício de inverno, os romanos usavam árvores de folha perene nas celebrações da Saturnália, um festival de inverno em honra do deus da agricultura, e os pagãos no norte da Europa celebravam o festival do solstício de inverno de Jul, dois meses com início em novembro, pendurando ramos de pinheiro nas portas e janelas como modo de afastar espíritos malignos e demónios.
As lendas e histórias em torno do pinheiro de Natal são muitas. Reza uma que quando o cristianismo chegou ao norte da Europa, o céu enviou três vontades - a Fé, a Esperança e a Caridade - com a missão de encontrarem uma árvore tão elevada como a esperança, tão imensa como o amor, tão gentil como a caridade e uma que possuísse o sinal da cruz em cada ramo. Foi nas florestas do Norte que encontraram o pinheiro que, iluminado pela luz das estrelas, se tornou a primeira árvore de Natal.
Fala-se também num lenhador que terá auxiliado uma criança esfomeada. Na manhã seguinte, a criança, nem mais nem menos do que o próprio Menino Jesus, surgiu ao lenhador e à sua mulher, trazendo consigo um ramo de pinheiro e afirmando que seria uma árvore que daria frutos por alturas do Natal. Daí a primeira árvore de Natal, enfeitada por maçãs douradas e nozes prateadas.
Entretanto, já no século XII, pela sua forma triangular, simbólica do Pai, Filho e Espírito Santo, os europeus do Norte penduravam pinheiros dos telhados como imagem do cristianismo, na época do Natal. E há quem atribua a tradição ao próprio Martinho Lutero que, tendo admirado os pinheiros e a sua forma ao luar e sob as estrelas, levou uma árvore para casa e a adornou com velas em honra do nascimento de Cristo.
Um dos mais conhecidos temas musicais ligados ao Natal é o alemão O Tannenbaum (die tanne significa o pinheiro), com melodia de autor desconhecido e letra em primeira versão de cerca de 1550. A versão mais conhecida é, no entanto, atribuída a Ernst Anschutz e data de 1824. Aqui a temos numa versão já clássica - em alemão, claro - de Nat King Cole, com os seus inconfundíveis sotaque e suavidade.



terça-feira, 22 de novembro de 2011

A verdade de La Palice 2

Na sequência lógica do post anterior, achei que seria interessante dar-vos a conhecer a canção satírica do século XVIII, interpretada por Gilles Elbaz, a qual, como referi, tanto contribuiu para a expressão "verdade de La Palice" ou, como se diz em francês, "Lapalissade". O estilo musical é próprio da época, nomeadamente não se tratando do que poderia ser tido como "música erudita" - logo, perdoem se acharem um pouco repetitiva. A letra, les paroles, acompanha-a...



Hélas ! La Palice est mort
Il est mort devant Pavie
Hélas ! S'il n'était pas mort
Il serait encore en vie (bis) 

Hélas ! Qu'il eut bien grand tort
De s'en aller à Pavie ! 
Hélas ! s'il ne fût point mort, 
Il n'eût point perdu la vie (bis) 
Il était fort bien vêtu
Son habit doublé de frise
Et quand il était tout nu
Il n'avait point de chemise (bis) 

Deux jours avant de mourir
Ecrivait au roi son maître
Hélas, s'il n'eût point écrit
Le roi n'eût pas lu sa lettre (bis)

Il était très bon chrétien
Et vivait dans l'abstinence
Et quand il ne disait rien
Il observait le silence (bis)

Il est mort le vendredi 
Passée la fleur de son âge ...
S'il fût mort le samedi
Il eût vécu davantage (bis)

Les médecins sont d'accord
Et toute la pharmacie
Que deux jours avant sa mort
Il était encore en vie (bis)

Que deux jours avant sa mort
Il était encore en vie (bis)

Que deux jours avant sa mort
Il était encore en vie (bis)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A verdade de La Palice


Dizer-se que algo é uma "verdade de La Palice" para significar que algo é óbvio, como "branco é, galinha o põe", é comum. Mas quem foi La Palice e de onde surgiu tal dito?
Jacques de La Palice nasceu em La Palisse, no Auvergne (ou Arverne), em França, corria o ano de 1470. Com a idade de 15 anos entrou ao serviço do rei Charles VIII, então com a mesma idade (a noção de "criança" era, então, certamente diferente da actual) e teve a sua primeira batalha em Saint-Antoine-du-Cormier em 1488.
Comandante de exércitos, vitorioso, derrotado, seriamente ferido em batalha, negociador diplomático, prisioneiro, exilado ou semi-exilado e readmitido com todas as honras, esteve ao lado de reis como Louis XII e François I. Em fevereiro de 1525, porque "quem vai à guerra dá e leva" - verdade de La Palice, foi capturado pelos alemães da Landsknechts e executado pouco mais tarde.
No seu epitáfio pode ler-se: "Ci gît Monsieur de La Palice: si il n'était pas mort, il ferait encore envie". Ou seja: "Aqui jaz o Senhor de La Palice: se não tivesse morrido ainda causaria inveja". O certo é que esta mensagem derradeira foi, deliberada ou acidentalmente, mal traduzida para: "(...): si il n'était pas mort, il serait encore en vie", o que, traduzido dá: "(...): se não tivesse morrido ainda estaria vivo". Uma realidade óbvia. Estas palavras foram introduzidas numa canção satírica popular do século XVI, tendo-se-lbes somado outras como "deux jours avant sa mort/il était encore en vie" (dois dias antes da sua morte/ainda estava vivo) ou "et quand il était tout nu/il n'avait pas de chemise" (e quando estava inteiramente nu/não usava camisa). Com o correr dos tempos e o acrescentar de ditos satíricos baseados no epitáfio original, Bernard de la Monnoye reuniu cinquenta dos melhores exemplos e publicou-os enquanto canção burlesca, já no decurso do século XVIII.
E aí está como surgiu a frase "verdade de La Palice", mau grado o próprio e a sua vida. Agora já sabem!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Patti Smith, Wovoka e a Dança dos Espíritos


Patti Smith, nascida a 30 de dezembro de 1946, música, poeta e artista plástica, normalmente considerada a madrinha do punk nova-iorquino que rebentou em 1975, antes e diferentemente da jogada que o falecido Malcolm McClaren fez com os Sex Pistols no Reino Unido, é um dos nomes grandes da arte contemporânea do além-atlântico. Na música, a sua grande virtualidade poderá ser o facto de se tratar, talvez, da única mulher criadora de verdadeiro rock, despido de influências da pop omnipresente.
Tendo crescido numa família de Testemunhas de Jeová, aos 11 a 12 anos manifestava interesse no budismo tibetano, tendo-se tornado, mais tarde, agnóstica, como vemos no início da sua versão de Gloria, no álbum Horses, de 1975: "Jesus died for somebody's sins but not mine (...) my sins my own, they belong to me/You can say beware, but I don't care, the words are just rules and regulations to me".
Concluiu os estudos liceais em 1964 e foi trabalhar numa fábrica, experiência marcadamente negativa que viria a expressar no tema Piss Factory, do álbum Radio Ethiopia. Mais tarde, em 1967, saiu da universidade e mudou-se para Nova Iorque, passando seguidamente por Paris, cidade que a captou através das palavras do poeta Arthur Rimbaud, e regressando a Nova Iorque, onde viveu no famoso Chelsea Hotel, celebrizado nas palavras e na música de Leonard Cohen.
Após vários relacionamentos importantes, contraiu matrimónio com Fred "Sonic" Smith, ex-guitarrista dos MC5, tendo passado a maior parte dos anos oitenta a norte de Detroit com a família. Ao que consta, tocava ocasionalmente clarinete num bar local de jazz.
Fred Smith viria, entretanto, a falecer, vítima de um enfarte do miocárdio, dramaticamente seguido pelas mortes, pouco mais tarde, do seu irmão Todd e ainda do seu antigo parceiro na Patti Smith Band, Richard Sohl. Foi nesse clima coincidente com o décimo-quarto aniversário do seu filho, apoiada por Michael Stipe, dos REM, e por um velho amigo, o autor Allen Ginsberg, que regressou a Nova Iorque e retornou aos palcos.
Ativista a favor de causas como a ecologia, manifestante contra a guerra no Iraque, opositora da política de terra queimada praticada por Israel, erguendo a voz contra a prisão de Guantanamo e a ausência de democracia no Irão, Patti foi nomeada para a Ordre des Arts et des Lettres pelo ministério da Cultura francês, em 2005, e para o Rock'n'Roll Hall of Fame, em 2007, tendo também recebido um doutoramento honorário do Pratt Institute e o National Book Award pelo seu livro de memórias Just Kids, em 2010, e ainda, em 2011, o celebrado Polar Prize. Trabalha presentemente num romance policial, influência que lhe vem dos tempos de juventude, quando era fã de Sherlock Holmes e do autor Mickey Spillane.
Um dos seus temas mais emblemáticos, se bem que mais encantatório que rockeiro, é Ghost Dance, concebido a partir de um quase-mito da história dos Estados Unidos: o de Wovoka e da sua Ghost Dance (Dança dos Espíritos)...




O líder Paiute Wovoka (que significa lenhador) nasceu por volta de 1856 e veio a falecer a 20 de setembro de 1932. Ao que parece, o seu pai, Tavibo ou Numu-Taibo, era um chefe religioso e com prática como  homem-medicina, prática essa que terá passado ao filho.
Após o falecimento do pai, em 1870, Wovoka foi adotado e criado por um casal de fazendeiros brancos do Nevada, David e Mary Wilson, com os quais o jovem, então conhecido pelo nome de Jack Wilson, aprendeu os fundamentos do cristianismo.
Entretanto, a sua compulsão mística não deixava de se manifestar, sendo que se dizia conseguir feitos como a levitação, o controlo do tempo atmosférico, a invencibilidade face às balas, o acender do seu cachimbo no próprio sol, a aparição súbita de pedaços de gelo nas mãos e ainda que, certa vez, terá feito com que um bloco de gelo caísse do céu em pleno verão, colocando fim à seca que assolava o território.
Durante o eclipse solar de 1 de janeiro de 1889, afirmou ter tido uma visão profética da desaparição de todos os colonos brancos dos territórios ocupados, acompanhada pela ascensão à terra de todos os antepassados dos índios Paiutes. Para que tal ocorresse, as nações índias deveriam levar a cabo uma dança mágica, a Ghost Dance, durante cinco dias seguidos.
A mensagem transmitida por Wovoka foi sempre de não-violência. Mas não a de todos os seus colaboradores. Daí que não deixe de ser interessante que tenha estado indiretamente na origem do massacre do exército do general Custer em Wounded Knee face aos Sioux, pelo facto de as tropas, tendo ouvido falar na Dança, desconhecendo o quanto abarcava, terem assumido uma posição preponderantemente cautelosa e defensiva.
Em todo o caso, a Ghost Dance não funcionou. Wovoka viria a falecer em Yersington, encontrando-se sepultado no cemitério Paiute de Schurz, no Nevada. Para nós, além da história, fica a versão da Ghost Dance no olhar poético de Patti Smith...


Solidariedade IPO

Porque as Línguas unem as pessoas, eis um apelo recebido do Clube de Línguas:

Solidariedade IPO                 

São necessários pijamas para as crianças que estão no Instituto Português de Oncologia – IPO - a fazer tratamentos de quimioterapia!

http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTtCI8tZx5rdpJ1l18PzZy7In3Zc15aXjSjDZfGjmNnqV8wPUDI_tn70QAs necessidades existentes passam, sobretudo, pela falta de pijamas, pantufas, chinelos, meias, robes e fatos de treino.                  
               

               

Após os tratamentos, os pijamas ficam muito sujos e gastam-se rapidamente. Esta ideia surgiu há dois anos e hoje já é chamada
*Movimento  Pijaminha* pelo sucesso que têm tido os esforços conseguidos! 
 
Para todos, a vida não está fácil, mas dentro das possibilidades de cada um, há sempre espaço para participar, comprando ou obtendo junto de amigos e familiares agasalhos que já não sirvam às suas crianças.
  
No ano passado foram entregues 76 pijamas e o IPO ficou muito satisfeito com esta dádiva.

Este ano vamos repetir a façanha e, se possível, ultrapassar este número.                Se divulgarem já estão a ajudar!!! 

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Calendarização das atividades do Clube de Línguas em 2011-2012

Segue-se a calendarização das atividades do nosso Clube no corrente ano letivo. Incluem-se, nesta ordem e em cada ponto, a atividade, a calendarização, os objetivos, os responsáveis e os destinatários de cada atividade. 
Aproveitem! 

1 -Ocupação Educativa dos Alunos
Ao longo do ano letivo
 Ocupar os alunos com actividades pedagógicas e lúdicas, no âmbito das línguas.

2 elementos destacados, do Centro de Emprego, conjuntamente com professores de Línguas
Alunos do 7º ao 12º anos

2 - Sessões de Apoio Educativo

Ao longo do ano letivo
 Esclarecer as dúvidas dos alunos respeitantes à aprendizagem das línguas (materna e estrangeiras).
Professores de Línguas destacados para o efeito
Alunos propostos pelos respectivos professores de línguas e/ou alunos auto-propostos

3 - Selecção e organização de materiais, no âmbito das línguas

Ao longo do ano letivo
 Promover o estudo e a prática das línguas (materna e estrangeiras);

 Incentivar o trabalho autónomo dos alunos face à aprendizagem das línguas.
Professores de Línguas destacados para o efeito

Alunos

4 - Boletim Informativo

(em expositores próprios)


Ao longo do ano letivo
 Expor textos produzidos em tempo de O.E.A. (ou durante as aulas de língua);

 Divulgar conteúdos culturais e civilizacionais;

 Apelar à participação nas actividades de âmbito pedagógico - lúdico.

2 elementos destacados, do Centro de Emprego, conjuntamente com professores de Línguas
Comunidade escolar

5 - Blogue e página no Portal Maia Digital

Ao longo do ano letivo
 Divulgar a orgânica do clube: o projecto; o historial; as actividades.
Coordenadora do Clube, conjuntamente com 1 professor de línguas (Jorge Simões)
Comunidade escolar


6 - “A Hora do Conto”/

“ L’Heure du Conte” /

“ Story Time”


Ao longo do ano letivo
 Incentivar à prática da partilha da leitura;

 Promover a interacção entre alunos de níveis etários diferenciados;

 Motivar para a aprendizagem das línguas estrangeiras: Francês e Inglês;

 Promover o convívio entre alunos e professores;

 Divulgar as actividades do Clube, na comunidade escolar.
Professoras de línguas:
Margarida Portela, Margarida Miranda, Isabel Raimundo,
Graça Guimarães,
Isabel Marques

Alunos da escola secundária do Castêlo da Maia.
Alunos do 1º ciclo de escolas do concelho da Maia;

Alunos do 3º ciclo da escola secundária do Castêlo da Maia.

7 - Concurso de Leitura:
“A voz das línguas”
3 momentos ao longo do ano letivo (1º, 2º e 3º períodos)

 Estimular os alunos para o prazer de ler;
 Proporcionar aos alunos um tempo de partilha de leitura;
 Motivar para a aprendizagem do Francês, do Inglês, do Alemão e do Espanhol.
Professores de línguas e Clube de Leitores
Comunidade escolar

8 - “O Mês da Língua”

(Atividades no âmbito das línguas e culturas portuguesa, francesa, inglesa, alemã e espanhola)

Ao longo do ano letivo
 Contactar com as diversas realidades culturais;
Promover o convívio e o envolvimento directo da comunidade escolar, na dinâmica do Clube;
Angariar fundos para aquisição de material actualizado e/ou para a organização de actividades.
Professores de línguas
Comunidade escolar

9 - "Jouer au français"
Ao longo do ano letivo
 Divulgar a importância da aprendizagem da língua francesa, na sociedade atual;
 Motivar os alunos à aprendizagem da língua francesa, pela partilha de experiências no contexto desta língua;
 Contribuir para uma opção mais ajustada às competências dos alunos.
Professores de Francês a destacar, de acordo com a disponibilidade de colaboração
Alunos da comunidade educativa (do 2º e do 3º ciclos)

10 - Magusto: Quadras de S. Martinho
1º Período Professores:
Graça Guimarães, Isabel Raimundo,
José Nuno Araújo,
Margarida Miranda, Margarida Portela, Teresa Cardoso.
Comunidade escolar

11 - Sorteio de um cabaz
“Cabaz de Verão”

3º Período
 Angariar fundos para a aquisição de material actualizado e/ou para a organização de actividades.

Professores de línguas a destacar, de acordo com a disponibilidade de colaboração
Comunidade escolar

12 - Exploração do bar no Sarau da Escola / na “Playback Party”

3º Período
 Angariar fundos para a aquisição de material actualizado e/ou para a organização de actividades.

Professores de línguas a destacar, de acordo com a disponibilidade de colaboração
Comunidade escolar

13 - P. A. A. do Departamento de Línguas; Jornal da Escola; Sarau; …
Ao longo do ano letivo
 Colaborar, sempre que oportuno e solicitado, com as equipas das respetivas iniciativas.
Professores de línguas
Comunidade escolar

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Citações: Groucho Marx

Ator de comédia norteamericano. Nascido a 2 de outubro de 1890 e falecido a 19 de agosto de 1977. O seu epitáfio reza: "Perdoem o facto de não me levantar".


Não se trata tanto dos tempos duros que se aproximam, mas antes dos tempos moles que se afastam.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Dia da Hispanidade na escola


A 12 de outubro celebra-se a Festa Nacional de Espanha e o dia da Hispanidade, com base na chegada de Cristóvão Colombo ao Novo Mundo, precisamente a 12 de outubro de 1492, 519 anos atrás. Não só em todos os países de língua oficial castelhana, como ainda na nossa escola, é tempo de festa.
Até ao final da semana, toda a comunidade poderá visitar a mostra de trabalhos realizados pelos alunos de espanhol do 3º ciclo. Soma-se-lhe todo um conjunto de deliciosas iguarias hispânicas na Barraquinha Verde e na sala dos professores, cujos proventos se destinarão a apoiar a viagem de fim de ano dos alunos do 8º ano ao país vizinho. Não se esqueçam igualmente de lançar as vossas apostas através da compra de rifas para La Canasta de la Hispanidad, com produtos chegados diretamente de espanha.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Eis-nos de regresso!


Eis-nos de regresso para mais um ano letivo (procuremos escrever segundo o Acordo Ortográfico), direção, professores, funcionários, alunos, encarregados de educação e instituições locais, num processo que pretendemos ativo e envolvendo não só toda esta vasta comunidade, como ainda as visitas muito bem vindas de todos os que nos quiserem consultar a partir de quaisquer outras paragens.
Como é já tradição, procuraremos abarcar e divulgar inúmeros aspetos culturais e linguísticos dos povos falantes das línguas lecionadas na escola, assim como das atividades desenvolvidas pelo Clube, mas pedimos também e desde já a todos a atenção e colaboração de nos irem fornecendo atempadamente materiais que nos permitam divulgar tudo que de tão importante e interessante sucede escola fora...
Contamos com a presença de todos e a todos agradecemos a presença. Abraços amigos.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Encerramento para férias


E assim nasceu o blog do nosso Clube de Línguas, que agora parte para férias até ao ano. Foi - e certamente continuará a ser - uma experiência inovadora, um prazer para mim e espero que para todos, que começou por uma ideia para inclusão no Moodle e desembocou num blog que, pelo que o caracteriza, pode chegar a muito mais gente.
Procurei abarcar as diferentes línguas e culturas leccionadas na nossa escola, sempre numa perspectiva não só de divulgação de diferentes actividades (apesar de alguma dificuldade em, por vezes, se conseguir fotos e informações nessa área), como ainda de um certo jornalismo cultural, elaborado de forma suficientemente agradável e homogénea para toda a comunidade escolar - e, pelo número de visitas recebidas nomeadamente do Brasil, entre outros países, não só.
Gostaria de agradecer à professora Margarida Miranda pela ideia original que permitiu a existência do blog, à Direcção pelo apoio e inclusão nos links do portal da escola, à nossa coordenadora de Departamento, professora Elisabete Oliveira, pela atitude positiva, à equipa do Somos Jornal pela divulgação do projecto, a todos os que ofereceram ideias e materiais e ainda aos amigos e seguidores que desde o primeiro momento aderiram ao blog.
Na Escola, pela Escola, ainda que reservando-me a eventualidade de poder publicar algo durante o Verão, um até para o ano, um até sempre!

Jorge Simões

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Acelerando para os exames do 9º

Atenção, rapazes e raparigas do 9º ano! É verdade que já se sente o cheiro do Verão no ar. Mas todos sabemos que, nesta recta final, há ainda que contar com os exames.
Foi nesse sentido que o Clube de Línguas decidiu disponibilizar a todos um conjunto de propostas de trabalho para exercícios de Língua Portuguesa, da autoria do professor José Nuno Araújo. Chama-se Essencial porque contém tudo o que é verdadeiramente essencial para aprenderem com prazer e sentirem, depois, o prazer da obtenção de resultados que efectivamente vos melhorarão o tempo do calor.
Venham ao Clube de Línguas juntamente com os vossos amigos e acabem o ano da melhor maneira!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Citações: Thomas Mann


Não há nada pior do que o sonho da restauração. Uma época medrosa de si mesma procura restaurar fundamentos. Em vão: não há regresso.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Línguas animam Dia Cultural

Sexta-feira, 13 de Maio, não foi um dia de azar. Bem pelo contrário, foi um dia de cultura em que os diferentes departamentos da nossa escola organizaram inúmeras mostras e actividades, às quais também o Departamento de Línguas não poderia ter ficado alheio. Não faltaram iguarias das mais diferentes proveniências geográficas, pronunciadas em todas as línguas que nos orgulhamos de difundir. E os próprios alunos colaboraram voluntária e activamente, como se verifica na fotografia...


Outra actividade desenvolvida pelo nosso Departamento foi o sempre tão animado karaoke. Quem quis, subiu ao palco para mostrar os seus dotes, juntamente com os seus conhecimentos linguísticos. E não faltaram afinados candidatos!

Caminhada e confraternização foram sucesso

Dia 12 de Maio foi um dia de festa, confraternização e aposta na saúde para a nossa escola. Logo pela manhã, com organização do Departamento de Expressões e Motricidades, a comunidade escolar em peso reuniu-se para dar início à alegre e já tradicional caminhada/BTT em direcção ao Parque de São Pedro de Avioso.


Entretanto, elementos do Departamento de Línguas, encarregado da logística, aguardavam no parque, azafamados em preencher as mesas de boas-vindas com bolos, frutas e bebidas. Nenhum dos caminheiros ficou por servir!


E o dia prosseguiu com piqueniques repletos de iguarias, ginástica para todos e, inclusive, animadas cantorias populares capazes de rivalizar com os mais afamados espectáculos...


Um muito obrigado a todos os que colaboraram, a todos os que participaram e ainda à Direcção e ao esforço que desenvolve por uma escola onde todos se possam sentir em casa. Que datas assim se repitam por muitos e bons anos!

terça-feira, 10 de maio de 2011

E o que aconteceu a 10 de Maio?


Muitas coisas de certeza absoluta. E não só nos locais mencionados, mas também em todas as nossas ex-províncias ultramarinas, nos países de língua oficial espanhola e no confins da Mongólia Interior. Eventualmente, até alguns dos nossos leitores terão nascido num 10 de Maio. Mas aqui vão algumas das coisas que, ao longo da história, ocorreram nesta data. O resto encontra-se nas enciclopédias e até na net...
Em 1808, por exemplo, face às invasões napoleónicas, a família real escapou-se para o Brasil com a corte inteira, que passou a ser sustentada pelos esfaimados cidadãos metropolitanos.
Em 1924, o presidente norte-americano Calvin Coolidge nomeou J. Edgar Hoover para o cargo de sexto director do BOI (Bureau of Investigation) que, em 1936,se tornaria o Federal Bureau of Investigation (FBI), o qual não há quem não conheça, mais que não seja de tantas e tantas séries televisivas, com J. Edgar Hoover sempre no comando, onde se manteve até 1972.
Em 1933, os nazis fizeram das suas e começaram a queimar livros considerados "não-alemães" em grandes fogueiras. Fazem-me pensar nas grandes queimas de discos que tiveram lugar nos Estados Unidos, após algumas declarações de John Lennon, tidas por religiosamente polémicas...
A 10 de Maio de 1940, iniciou-se, também, a invasão de França, conhecida como Batalha de França, em que as forças do Eixo, constituídas por tropas alemãs e italianas uniram esforços. A Batalha terminaria a 25 de Junho, com o governo-fantoche de Pétain herói da Grande Guerra, em Vichy, no sul, e o resto do país submetido a Berlim e às forças do III Reich.
No mesmo 10 de Maio, Winston Churchill liderou uma coligação vencedora que governaria o Reino Unido durante a guerra, após a demissão do primeiro-ministro Chamberlain, diplomata desiludido, face à invasão da Bélgica, da Holanda e do Luxemburgo. O mesmo Churchill viria a defender, num discurso proferido a 10 de Maio de 1946, a criação dos Estados Unidos da Europa, incluindo a Alemanha derrotada, de modo a criar maior união entre os povos do continente.
Em 1941, o braço-direito de Hitler, Rudolph Hess, "passou-se do capacete" (aliás mais bonito que as tijelas inglesas) e decidiu lançar-se (sem conhecimento de Hitler, claro) de pára-quedas sobre a Escócia, no que considerava uma "missão de paz". Correu-lhe mal, uma vez que ficou preso durante toda a duração da guerra e acabou julgado em Nuremberga e condenado a prisão perpétua em Spandau, onde viria a morrer em 1987.
Em França, a 10 de Maio de 1981, o socialista François Mitterrand, numa coligação com os comunistas de Georges Marchais, ganhava as eleições, pondo fim a duas décadas de governação nacionalista e conservadora do general De Gaulle, o tal que, certa vez, foi ao Quebeque, no Canadá, local de maioria francófona, defender inflamadamente a declaração de independência da província.
Finalmente, numa nota positiva para os novos tempos, a 10 de Maio de 1994 foi empossado o primeiro presidente negro na história da África do Sul: Nelson Mandela. Políticos e responsáveis de mais de 140 países tomaram parte na cerimónia.
Quanto ao dia de hoje, fica marcado pela publicação de um interessantíssimo artigo sobre a própria data no Blog do Clube de Línguas da nossa escola, o qual conclui com votos de um feliz 10 de Maio para todos- sobretudo isso.

Imagem de: http://castrodiantedotrono.blogspot.com/

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Ovos de Páscoa para todos!


Todos sabem de onde vêm as melhores amêndoas de Páscoa - das melhores chocolatarias, claro! E os tradicionais ovos que um coelho se atarefa a distribuir pelas crianças? Quem pensou já nisso?
O ovo era um símbolo pagão muito espalhado que representava o renascimento da terra pela Primavera. Um símbolo antiquíssimo... Já os seguidores de Zoroastro pintavam ovos para celebrar o seu Ano Novo, o qual calhava no Equinócio da Primavera - e assim o fizeram durante cerca de 2500 anos. Os próprios judeus, de quem o Cristianismo nasceu por vias travessas, utilizavam (e utilizam) ovos cozidos mergulhados em água salgada, os Beitzah, como símbolo da paz para a sua Páscoa. Os primeiros cristãos não deixaram a ideia de lado: ovo igual a ressurreição igual a ressurreição de Jesus - e assim nasceram os nossos ovos de Páscoa.
Mas não foi com os pioneiros do cristianismo que surgiu o famoso transportador dos ovos: o coelho de Páscoa. Inicialmente uma lebre, só mais tarde coelho, esse simpático concorrente do Pai Natal, símbolo da fertilidade, tal como os próprios ovos que se encarrega de distribuir pelas crianças, nasceu na região da Alsácia no tempo do Santo Império Romano.
A nós, resta-nos apreciar essas simpáticas e potencialmente deliciosas idiossincrasias pascais. A todos uma feliz Páscoa e ovos de Páscoa para todos!

terça-feira, 8 de março de 2011

Imagens do Carnaval


Desfile carnavalesco em Portugal

O Carnaval é uma festividade celebrada um pouco por todo o mundo e há carnavais bem famosos, como o de Veneza, o de Nova Orleães ou o do Rio, entre tantos, que não cabem nestas imagens ou porque línguas como o italiano não são leccionadas na nossa escola, ou porque simplesmente não vale a pena inundar o blog de fotos e mais fotos. Pela importância que adquiriu, no entanto, representaremos aqui vários pontos de partida, se não outros pontos de chegada.
Já na antiga Roma se celebrava uma espécie de Carnaval, que durava 7 dias do nosso mês de Dezembro, altura em que todo o comércio encerrava, os escravos eram temporariamente libertados, as restrições morais se tornavam mais relaxadas, se procedia à troca de presentes e era, inclusive, eleito um rei fingido que comandava cortejos pelas ruas fora.
Mais tarde, quando no século XI a Igreja Católica implementou a Semana Santa antecedida de 40 dias de jejum, a Quaresma, surgiu a ideia do Carnaval, cujas festividades passaram a durar três dias, até quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. No Renascimento, começaram a florescer os bailes de máscaras, as fantasias e os carros alegóricos, no que veio a ser uma espécie de antecessor mais chegado do Carnaval actual.
O termo Carnaval vem de Carnis (carne) e Valles (prazeres), que é como quem diz, os prazeres da carne. Trata-se de uma festa móvel, directamente sujeita à data da Páscoa: terça-feira de Carnaval ocorre sempre 47 dias antes da Páscoa. Até lá é jejuar!

O Carnaval espanhol

O Carnaval inglês








O Carnaval alemão

O Carnaval francês







Imagens de: www.caribvista.com, roxanne86-carnaval.buzznet.com, www.lonelyplanet.com, reportingfrombelgium.wordpress.com, e seeter401.wordpress.com.

terça-feira, 1 de março de 2011

Visita de estudo ao Palácio Nacional de Mafra

Fachada do Palácio Nacional de Mafra

No sábado passado, 26 de fevereiro, a escola realizou uma visita ao Palácio Nacional de Mafra, com direito a visita guiada e a uma excelente representação de uma adaptação da obra Memorial do Convento, obra de José Saramago inicialmente publicada em Outubro de 1982 e hoje uma referência obrigatória da nossa cultura, integrada no programa de Português do 12º ano.
Na viagem participaram alunos das turmas A, B, C, D, E e F e ainda das turmas G e H, de Cursos Profissionais, acompanhados pelos professores Abílio Calheiros, Ana Abrantes, Fátima Oliveira, Fernanda Varela, Jorge Simões, Rosa Amaral e ainda pela Tabitha, a nossa visitante dinamarquesa.
O programa iniciou-se com a representação da peça adaptada da obra de Saramago em que, casando realidade e ficção, se narra a história da construção do principal ex-libris do Barroco português, nascido de uma promessa do nosso rei absolutista D. João V, desejoso de um herdeiro, com forte impulso do afã franciscano de ali possuir um "convento de luxo". Na obra, que satiriza os costumes e gastos excessivos dos poderosos da época, os verdadeiros heróis são os populares, arrebanhados à força para os trabalhos que custaram muito ouro do Brasil, muito suor e ainda diversas mortes de inocentes. Baltasar e Blimunda são centrais entre os populares, como o são frequentadores da corte que, de alguma forma, escapam à mera ortodoxia, nomeadamente o padre Bartolomeu de Gusmão, o arquitecto Ludovice e o músico e compositor Domenico Scarlatti, todos reais.
De tarde, após uma animada merenda colectiva, houve lugar a uma visita acompanhada por guias objectivamente muito bem preparados e com um discurso simultaneamente interessante e coerente. Sempre com a preocupação de se estabelecer uma ligação entre a obra de Saramago e a história do Palácio - sendo que cerca de 80% da obra não se encontra visitável por estar ocupada pelo exército - incluindo a igreja que conta com um dos mais completos órgãos de tubos do mundo, as inúmeras divisões em que se contam os aposentos destinados ao rei e à rainha, separados por mais de 200 metros de distância, exemplos de comparativamente óptimas celas destinadas aos frades e ainda a famosa biblioteca, com a sua colecção cativa de pequenos morcegos que, ao alimentarem-se das traças dos livros, contribuem para a preservação da mesma.
De fora da visita, ficou a imensa tapada de caça onde os nossos reis gastavam parte do seu tempo livre. Se já não é permitido lá caçar actualmente, a verdade é que ainda alberga diversas espécies autóctones, de gamos e veados a javalis e diversas outras espécies.
A viagem, que despertou grande interesse e decorreu da melhor forma, terminou cerca das nove da noite, com a chegada dos dois autocarros fretados aos portões da Secundária. E, se é verdade que os participantes chegaram cansados, não é menos verdade que se mostravam satisfeitos e que o passeio não se varrerá rapidamente das memórias...

Baltasar e Blimunda, personagens centrais da representação

Imagens de: http://amarelejando.blogs.sapo.pt e http://memorialdoconvento-teatro.blogspot.com.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Fantasmas da Torre de Londres


Um dos locais mais turísticos de Londres, a capital inglesa,é a Torre de Londres, construção iniciada junto ao rio Tamisa em 1078 por ordem de Guilherme o Conquistador e finalizada cerca de duzentos anos mais tarde, entre 1275 e 1285. Visita imprescindível para quem não se importar de aguardar horas nas filas intermináveis de turistas que aguardam a visita não só às diferentes secções da Torre, como ainda às Jóias da Coroa Inglesa, guardadas desde 1303 no edifício e actualmente visitáveis na Jewel House, uma câmara subterrânea.
The Tower, como também é mais simplesmente conhecida, serviu várias funções ao longo dos tempos: residência real, sede da Casa da Moeda, zoo de animais do reino e prisão, motivo pelo qual é mais famosa ou famigerada. Foi, efectivamente, usada para albergar gente de estatuto social elevado e dissidentes religiosos, os quais entravam no local através da discreta Traitors Gate, situada ao nível da água.
O primeiro prisioneiro da Torre terá sido Ranulf Flambard, bispo de Durham, que em 1100 foi acusado de corrupção, mas que logrou escapar com o auxílio de uma simples corda. Entre outros, a torre albergou gente como John Balliard, rei da Escócia, David II da Escócia, João II de França, Carlos I de Valois, duque de Orleães, o qual terá composto cerca de 500 poemas durante o seu encarceramento, Henrique VI de Inglaterra, assassinado a 21 de Maio de 1471 e a sua esposa, Margarida de Anjou, Sir William de la Pole, aprisionado de 1502 a 1539, que assim se tornou o recordista de permanência no local, Elizabeth I de Inglaterra, apenas por dois meses, devido a um alegado envolvimento com Thomas Wyatt (filho), Sir Walter Raleigh, que durante os 13 anos que lá passou redigiu The History of The World, o conhecido conspirador Guy Fawkes, depois enforcado e esquartejado no Pátio Velho do Palácio de Westminster, Sir Francis Bacon, acusado de corrupção, e ainda o líder nazi Rudolf Hess, em Maio de 1941, por um período de quatro dias. Os últimos prisioneiros da Torre foram os irmãos Kray, em 1952, por deserção do exército.
Mas muita gente de renome conheceu a morte por execução na própria torre, nomeadamente na secção que dá pelo nome de Bloody Tower, incluindo William Hastings, Thomas More, Ana Bolena, Margaret Pole, Catherine Howard, Joana Bolena, Joana Grey e Robert Devereux, além de dois príncipes herdeiros, mandados prender e executar pelo que viria a ser o tristemente famoso Ricardo III, descrito de modo consideravelmente negativo na peça homónima de William Shakespeare.
É por isso que os mais ousados se poderão aventurar à descoberta dos inúmeros fantasmas que se afirma habitarem a torre, começando por Ana Bolena, provavelmente o mais famoso de todos, que se diz passear com a cabeça decapitada debaixo do braço em torno da Torre ou ainda comandando uma procissão de espíritos de lordes e ladies.
Se Thomas Becket terá sido o primeiro fantasma a dar sinal de si durante a história da Torre, os relatos abundam, cada um mais tenebroso que o anterior... Sir Walter Raleigh é visto com um aspecto precisamente similar ao que se pode visualizar no retrato que dele guarda a Bloody Tower. A condessa de Salisbury, executada aos 70 anos de idade  em consequência de motivações políticas e por ordem de Henrique VIII, ter-se-á recusado a pousar a cabeça no cepo como uma vulgar criminosa e fugido, perseguida pelo carrasco que a terá finalmente conseguido decapitar em parcelas e de forma, imagina-se, muito atabalhoada. Parece que a cena se repete mais do que ocasionalmente no local... Mas recordemos o facto de o edifício ter, em tempos, albergado um zoo e não nos fiquemos por aparições antropomórficas: em Janeiro de 1815, rezam as crónicas, um guarda que se deparou com um enorme urso ectoplásmico foi encontrado inconsciente, tendo vindo a morrer dois meses mais tarde - de susto! De resto, são incontáveis os relatos de gente que se depara com procissões funerárias ou ainda com uma lady de rosto coberto por um véu, sob o qual, em lugar de um rosto, nada mais há do que um assustador vazio negro.
Para concluir, os corvos são tradicionalmente considerados um prenúncio de morte. Pois a Torre de Londres possui a sua própria colónia de corvos, protegidos por um Decreto Real. Afirma-se que, quando estas aves abandonarem a Torre, o império cairá definitivamente. Um conselho, pois: da próxima vez que forem a Londres, visitem a Torre. É que nunca se sabe quando se poderá abater uma nova epidemia de gripe das aves e então...

Imagem de: http://tower-of-london-and-crown-jewels.visit-london-england.com/.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Citações: John Lennon, 1966


Durante a nossa última digressão as pessoas insistiam em trazer crianças cegas, com deficiências e com deformidades para o nosso camarim, e a mãe de um desses rapazes acabava por dizer "Vá lá, dê-lhe um beijo, talvez lhe traga a visão de volta". Nós não somos cruéis. Já vimos tragédia que chegasse em Merseyside, mas quando uma mãe pede chorosa "Basta tocar-lhe e pode ser que ele volte a andar", queremos fugir, chorar, esvaziar os bolsos. Manter-nos-emos normais nem que tenhamos de morrer a tentá-lo!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O Muro da Vergonha em Berlim

Soldados da RDA construindo o Muro de Berlim


No final da Segunda Guerra Mundial, Berlim, a capital do Terceiro Reich, foi administrativamente dividida em quatro sectores, de modo a satisfazer as diferentes potências ocupantes: um sector pertencente aos Estados Unidos, um ao Reino Unido, um a França e um quarto à União Soviética. Em princípio, as potências deveriam unir esforços para a reconstrução da cidade e a implantação de uma nova Alemanha de contornos democráticos. Rapidamente, no entanto, surgiram desacordos, nomeadamente com a recusa da URSS em participar nos planos de reconstrução e ainda de fornecer dados contabilísticos relativos a fábricas, materiais e infraestruturas que já se encontravam nas suas mãos. Simultaneamente, a URSS dedicava-se à criação de uma barreira protectora de países "satélites" que incluiam a Polónia, a Hungria e a Checoslováquia, entre muitos outros. Em 1948, inclusive, possivelmente já com o fito da criação da República Democrática Alemã (RDA), um estado ligado ao poderio soviético, Moscovo impôs um bloqueio a Berlim Ocidental, o que obrigou um grupo de vários países a sobrevoar Berlim para fornecer alimentos à população.
A 7 de Outubro de 1949 nascia, enfim, a RDA e a Alemanha era oficialmente dividida em duas. Através de um acordo secreto, o governo local possuía autoridade administrativa, mas não autonomia, o que permitiu à URSS infiltrar-se em todos os sectores estratégicos do país. Entretanto, começava a verificar-se o crescimento económico da República Federal Alemã (RFA), Alemanha capitalista a Ocidente, face à degradação na vida dos cidadãos do lado socialista. Por isso, muitos quiseram mudar de lado: 187 mil em 1950, 165 mil em 1951, 182 mil em 1952, 331 mil em 1953, provavelmente em resultado do endurecimento do regime sob a égide do líder soviético Staline. Em 1961, 3,5 milhões de alemães de Leste cruzaram a fronteira, o que equivalia não só a cerca de 20% da população, como ainda a população culta e efectivamente preparada. As autoridades não podiam deixar de se sentir preocupadas.
Apesar dos rumores do encerramento total de fronteiras e do secretário-geral do Partido Comunista da RDA ter declarado, numa conferência de imprensa internacional realizada a 15 de Junho de 1961, que "ninguém pretendia construir um muro", o líder soviético Nikita Kruschev decidiu de outro modo e mandou que se procedesse ao encerramento total da fronteira a 13 de Agosto de 1961. Imune ao facto de tantas famílias, como o próprio país, se verem assim divididas, o governo da RDA declarou tratar-se de "uma protecção anti-fascista contra as agressões do Ocidente".
O Muro de Berlim corria ao longo de mais de 140 km e conheceu quatro versões: arame farpado em 1961, arame farpado reforçado entre 1962 e 1965, cimento entre 1965 e 1975 e cimento reforçado entre 1975 e 1989, aquando da sua demolição, ainda que com parcelas mais frágeis, propositadamente construídas para a eventualidade de tanques e exércitos de Leste terem que cruzar a fronteira em caso de guerra. Em 1962, foi acompanhado por um "gémeo" a cerca de 100 metros do primeiro.
Enquanto existiu e apesar das ordens recebidas pelos soldados da RDA de atirarem para matar (algo negado e mais tarde confirmado), inclusive sobre mulheres e crianças, cerca de cinco mil alemães do Leste lograram ultrapassar o Muro com sucesso.
A 12 de Junho de 1987, o presidente norte-americano Ronald Reagan exortou, num discurso pronunciado junto às Portas de Brandeburgo, Gorbachev, entretanto ocupado a transformar a União Soviética a partir do interior, a "deitar abaixo o Muro". Líderes ocidentais como a conservadora britânica Margaret Thatcher e o socialista francês François Miterrand, opunham-se, receosos do poder de uma Alemanha reunificada.
A data geralmente aceite para a demolição do Muro de Berlim é 9 de Novembro de 1989. No entanto, a total destruição da barreira durou semanas, com a intensa participação dos berlinenses, então apelidados "pica-paus de muros". Actualmente, Berlim é de novo a capital da Alemanha reunificada e inúmeros pontos do "muro da vergonha" que assinalava a força da "cortina de ferro" podem ser visitados.

Berlinenses colaborando para deitar abaixo o Muro

Imagens de: www.historiadomundo.com.br e www.ionline.pt.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Língua gestual em Área de Projecto



Hoje é o Dia dos Intérpretes de Língua Gestual Portuguesa. Assim e tendo em conta o papel do Clube de Línguas e a importância que a língua gestual assume para tantos cidadãos que a utilizam como forma de se expressarem, não pretendemos deixar passar a data em branco, nem o que a nossa escola está a fazer no sentido da sua divulgação.
Efectivamente, um grupo de alunas do 12º ano - VSA, tem vindo a desenvolver, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, um trabalho que promete dar que falar. Até ao momento, tivemos a oportunidade de ler um bonito texto sobre a criadora deste tipo de linguagem, Helen Keller, bem como um Power Point musicado e destinado a acompanhar a leitura do mesmo. Gostámos e ficamos a aguardar a continuação.
Para todos vós eis, ainda, um "dicionário" da língua gestual e um pequeno texto para decifrarem e exercitarem os vossos novos conhecimentos na área.



terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Do amigo secreto aos Reis

Pais Natais dinamarqueses

Uma palavra merecida para uma actividade proposta pela nossa visitante dinamarquesa, a Tabitha, para a época das Festas: a tradição do amigo secreto. Durante o mês de Dezembro e até aos Reis, os elementos do Departamento de Línguas foram deixando pequenas surpresas para o seu amigo secreto em envelopes colocados na Sala dos Professores. Uns receberam mais, outros menos, mas todos foram surprendidos por belas lembranças de origem desconhecida, que assim celebraram a amizade que a todos une.
No Dia de Reis, enfim, os elementos do Departamento reuniram-se no Clube de Línguas para, cada um por seu turno, procurarem adivinhar qual poderia ter sido o seu amigo secreto e deixá-lo revelar-se entre risos e muito boa disposição que, de seguida, se prolongaram em cânticos de Natal espanhóis e dinamarqueses - estes últimos impronunciáveis, mas acompanhados de uma alegre dança tradicional - e culminaram num perfeito convívio à volta de uma mesa recheada de belíssimas iguarias, onde não faltaram sequer coroas de cartolina para uns quantos eleitos que assim assumiram o papel de "reis magos". A repetir.

Imagem de: www.hohohochristmas.com.